Comentei, em outra ocasião, que a vida de leituras pode levar a associações improváveis, às vezes com destinos curiosos. Agora, em parte motivado por Julian Barnes e Nabokov (aqui), em parte por Carpinejar (e aqui), chego a Sobre a Morte, de Elias Canetti (Estação Liberdade, 160 págs., R$ 35), recentemente lançado no Brasil.
Em sua grande maioria, o livro reúne pensamentos curtos que o escritor resolveu anotar, aleatoriamente, para “ajudar o homem a se defender da morte”. “Eu não posso deixar que essa guerra passe sem forjar no meu coração a arma que dominará a morte”, escreveu no dia 15 de fevereiro de 1942, numa Europa já tomada pela Segunda Guerra Mundial. E Canetti não parou mais, continuando nessa tarefa até sua própria morte, em 1994.
Sua ideia era, justamente, que tais frases permanecessem como fragmentos. Nada teria sido mais útil para o escritor, como todas essas intenções, do que a internet. Muitas frases, inclusive, parecem ter sido feitas à medida para o twitter – algo que pode ser visto nessa pequena amostra abaixo (clique na imagem para ir para a página).
Elias Canetti no twitter – http://shar.es/aATMb
#FF @Elias_Canetti http://shar.es/aAMk6
A paixão dos românticos pela morte desperta minha aversão. Eles se comportam como se a morte deles fosse especial(1993) http://migre.me/bKxM
@Elias_Canetti A paixão d'românticos p/morte desperta minha aversão.Eles se comportam c/se a morte deles fosse especial http://migre.me/bKxM
@Elias_Canetti A paixão d'românticos p/morte desperta minha aversão.Eles se comportam c/se a morte deles fosse especial http://migre.me/bKxM
A paixão dos românticos pela morte desperta minha aversão. Eles se comportam como se a morte deles fosse especial(1993) http://migre.me/bKxM