Livros que viram filmes de sucesso ganham, quase sempre, capas com fotografias das produções em edições posteriores. Como observa James Morrison no Caustic Cover Critic (outro blog imperdível), Keira Knightley é uma das campeães das prateleiras: está em livros como Não Me Abandone Jamais, de Kazuo Ishiguro; Orgulho e Preconceito, de Jane Austen; Seda, de Alessandro Baricco; A Duquesa, de Amanda Foreman; e Reparação, de Ian McEwan. Este último, por coincidência, acaba de ganhar nova edição da Companhia das Letras com capa que traz uma cena do filme sem Keira.
No lado oposto está a coleção Vintage ♥ Film, da britânica Vintage Books. São 10 títulos, todos eles também adaptados para o cinema, mas que evitam deliberadamente a imagem cinematográfica. A capa, militantemente tipográfica, só traz uma citação do texto (clique para ampliar). Acho mais bonito, claro, mas devo dizer que, como toda militância meio cega, ela acaba sendo contraproducente: o leitor só descobre o título se ler as letras miúdas ao lado do nome da coleção, e o nome do autor não está em parte alguma. Só vai conhecê-lo quem souber associá-lo ao título; ou à citação; ou se folhear o livro. Ou, ainda e finalmente, se lembrar do filme. Que tal um acordo, minha gente?
Em tempo: os livros acima são: Alice no Pais das Maravilhas, de Lewis Carrol; Catch-22, de Joseph Heller; Trainspotting, de Irvine Welsh; Clube da Luta, de Chuck Palahniuk; e, nova coincidência, Reparação. Aquele com a Keira Knightley, lembra?
Na dobradinha cinema + literatura, a atriz Keira Knightley é a campeã. Confira no blog do editor http://t.co/8CFa5niM
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