Em maio de 2008, a propósito do lançamento de nova edição de Moby Dick (Cosac Naify, 656 págs., R$ 110), publiquei na BRAVO! uma longa matéria sobre o livro (clique aqui para ler). Na ocasião, mencionei a quantidade infindável – e disparatadas – de interpretações que a obra provoca desde a sua reabilitação (clique aqui). O fascínio que o romance de Melville provoca, contudo, vai além das leituras acadêmicas e literárias. Há esquisitices de todo o tipo.
Uma das mais curiosas se refere ao episódio em que o matemático australiano Brendan McKay “extraiu” profecias de assassinatos de notáveis codificadas no texto de Melville. Entre elas, as mortes de Indira Gandhi, Martin Luther King, Abraham Lincoln, Yitzhak Rabin e, claro, John Kennedy. Na verdade, isso foi feito para mostrar como essa “decodificação” era simples de fazer. A intenção era desacreditar o israelense Michel Drosnin, que havia lançado O Código da Bíblia (Cultrix, 272 págs., R$ 38). Tanto num caso como no outro, há claras malandragens, tanto mais fáceis de fazer em razão dos generosos volumes dos textos.
O quadro acima, por exemplo, referente a Kennedy, foi construído a partir da junção de vários trechos do livro. Nele se encontram assinaladas as palavras “Kennedy”, “shot”, “head” e a expressão “had been so killed” (!). Totalmente malandro.
Abaixo, mais dois – Trotsky e Martin Luther King.
Publicado em 23/10/2009
Alimento para as massas: http://bit.ly/e1b1z4 (via @almirdefreitas)