Página 56 do B

56b

Mais uma rodada da brincadeira da página 56 — a última, porque mais que isso perde a graça. Agora, com os livros de casa, que fui pegando em lugares distintos da estante. Algumas dessas edições estão esgotadas, mas não deve ser difícil, para quem eventualmente se interessar por elas, localizá-las em sebos. Imagino, ainda, que existam outras edições das mesmas obras. Sobre os significados, há ainda um quê de biscoito chinês: tudo parece fazer um sentido, embora não saibamos aonde esse tudo nos leva.

“Não há espécies, família, gênero, nem, mesmo por acaso, indivíduos (pois o homem muda e seu desejo nega o de ontem).” (Um Mais Além Erótico: Sade, Octavio Paz. Mandarim, 122 págs., esgotado)

“Esvaziou dois, esfregando cuidadosamente com o dedo as cinzas no tapete” (É Difícil Encontrar um Homem Bom, Flannery O’Connor. ARX, 288 págs., esgotado)

“Alabama vestiu-se com linho rosa claro, e ela e David sentaram-se juntos sob as pás dos ventiladores do teto que fustigavam o verão dando-lhe consequência.” (Esta Valsa é Minha, Zelda Fitzgerald. Companhia das Letras, 272 págs., esgotado.

“E se você tinha que deixar um bichinho de Deus que fizesse todo dia alguma coisa para o alimento da gente, era melhor ter deixado um bicho que produz leite, como um coelho fêmea e uma cabra.” (Erica e Seus Irmãos, de Elio Vittorini. Berlendis & Vertecchia, 112 págs., R$ 34)

“Basta dizer que mesmo em A Interpretação dos sonhos essa noção do desejo vai ser ampliada e detalhada, porém sempre remetendo ao que é o seu núcleo, a ideia do desejo infantil.” (Tempo de Muda, Renato Mezan. Companhia das Letras, 368 págs., R$ 62,50)

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