O mundo não acabou no fim de semana, segue a vida — que é que se vai fazer? Recorro, então, ao post de sexta passada para mostrar mais um vídeo com um início de romance em audiobook — um dos muitos que imaginam uma humanidade pós-apocalipse. Desta vez, faço questão de transcrever, abaixo, o trecho correspondente de A Estrada, de Cormac McCarthy (Alfaguara, 240 págs., R$ 39,90), na tradução de Adriana Lisboa. É o começo mesmo, mais um trechinho logo na página 3.
Quando ele acordava na floresta no escuro e no frio da noite, estendia o braço para tocar a criança adormecida ao seu lado. Noites escuras para além da escuridão e cada um dos dias mais cinzento que o anterior. Como o início de um glaucoma frio que apagava progressivamente o mundo. (…) Você está bem? ele disse. O menino fez que sim. Então partiram sobre o asfalto sob a luz cinza-chumbo, caminhando vagarosamente por entre as cinzas, cada um o mundo inteiro do outro.
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