Quase sempre o leitor brasileiro precisa esperar um bom tempo para ler em português lançamentos no exterior, como observei faz umas semanas a respeito da lista da revista americana The Believer (clique aqui para ler). No que se refere aos livros laureados os com grandes prêmios internacionais, contudo, há razoável agilidade. O que o apelo de mercado que tais títulos possuem.
Acaba de sair no Brasil Syngué Sabour – Pedra-de-Paciência (Estação Liberdade, 152 págs., R$ 30), livro que rendeu ao afegão radicado na França Atiq Rahimi o prêmio Goncourt. Além dele, sai ainda neste mês, pela Record, A Vida Breve e Fantástica de Oscar Wao, de Junot Diaz, premiado com o Pulitzer. Os dois livros vão se juntar, nas livrarias brasileiras, a O Tigre Branco, de Aravind Adiga (Nova Fronteira, 256 págs., R$ 34,90), que foi lançado aqui quase que imediatamente após levar o Man Booker Prize, no fim do ano passado.
O que chama a atenção nesses premiados são as origens de cada um: Afeganistão (Rahimi), República Dominicana (Diaz) e Índia (Adiga). Nem parece que estamos falando de prêmios, respectivamente, da França, Estados Unidos e Grã-Bretanha. Ou, então, fazem todo o sentido em face do que o mundo é hoje. Na edição de dezembro de 2008 da BRAVO!, o jornalista Jonas Lopes discutia esse fenômeno, a partir desses mesmos prêmios. Para ler, clique aqui.
Sobre os títulos da The Believer, o avanço no Brasil foi o esperado: de lá para cá saiu apenas Terra Descansada, de Jhumpa Lahiri (Companhia das Letras, 384 págs., R$ 49,50). Indignação, de Philip Roth – livro que foi tema da minha crítica de maio na BRAVO! –, teve um pequeno atraso, mas também está quase para sair, também pela Companhia das Letras. Coming soon.