Apocalypse Moby

Em tempos de mashups literários, em que a principal vítima é Jane Austen (aqui, por exemplo), um cara chamado Perry Hall resolveu fazer um cruzamento de cinema com literatura em Apocalypse Moby, mescla óbvia (preciso mesmo dizer?) de (ok, ok) Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola, e Moby Dick, de Herman Melville, este outro coitado a quem os malucos não dão sossego (por exemplo, aqui). O PDF integral do texto está à disposição para quem quiser baixar no site dedicado a sua divulgação (por favor, Francis, não me processe, ele pede).

Para ser honesto, não sei como Perry se sai na sua empreitada de cruzar as duas histórias de navegação a caminho das trevas e da perdição, mas — para quem lembra de ambas — o começo (meio editado e mais ou menos traduzido aqui) é promissor:

Na abertura, uma versão vagamente irlandesa de The End, do The Doors, é executada, com bandolim, pífano, sanfona e bumbo. Ao fundo, acordes de guitarra meio sinistros.

FADE MUSIC

As pás de mogno do ventilador de teto giram lentamente. Ouvimos o som do vento batendo contra as velas de um barco — estamos em um barco a vela. Um close, de cabeça para baixo, enquadra o rosto de um jovem mal-barbeado deitado na cama. Seus olhos estão abertos, ele olha as pás do ventilador girando hipnoticamente.

HOMEM: Saigon. Shit. Call me Ishamel.

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